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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

HALLOWEEN/DIA DAS BRUXAS


Evitar as superstições é uma outra superstição.
(Francis Bacon)



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O Halloween comemora-se na noite de 31 de Outubro e é uma festa importada das tradições dos países anglo-saxónicos, que está a criar raízes em Portugal.
Pessoalmente, sou uma defensora das nossas tradições que tento divulgar sempre que acho oportuno, mas este evento a mim não me diz nada. No entanto, fica aqui uma pequena alusão ao tema.
Halloween designa "Noite dos Santos", a noite antes de "Todos os Santos" ou do "Dia de Todos os Santos. É também conhecido por "Dia das Bruxas".



Recados e Imagens - Dia das Bruxas - Orkut



Hoje em dia, a noite de Halloween é de divertimento. As pessoas mascaram-se de personagens fantasmagóricas; em muitas casas colocam-se à porta lanternas feitas de abóboras; as crianças vão bater à porta dos vizinhos dizendo : Doçuras ou travessuras.
Se não receberem nada, pregam uma partida a quem lhes abrir a porta.
Como já mencionei, este evento para mim não tem grande significado, mas se gosta, aproveite e divirta-se.



quinta-feira, 30 de outubro de 2008

DIA NACIONAL DA PREVENÇÃO DO CANCRO DA MAMA



Muitas pessoas não se importam com o que acontece, enquanto ainda não aconteceu com elas.
(William Howard Taft)


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Hoje é o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama.




O cancro da mama, é considerado um problema de saúde pública em Portugal, pois é o cancro que mais afecta as mulheres portuguesas, apesar de ser aquele que melhor se pode despistar. 90% dos cancros de mama, se detectados a tempo, são curáveis.
O despiste desta doença passa por um auto-exame mamário mensal, mamografias periódicas e observação médica anual.
São também aconselháveis um estilo de vida saudável privilegiando o exercício físico, uma dieta pobre em gorduras, com pouco álcool e sem tabaco.


É de salientar que este tipo de cancro não é só um problema da mulher. Também os homens podem ser vítimas, embora numa percentagem muito reduzida. Em Portugal, cerca de 1% de todos os cancros da mama verificam-se em homens.
Prevenir continua a ser o melhor remédio para o cancro da mama.
Vá lá, previna-se. Grande parte da prevenção está ao alcance da sua mão.


(Imagens retiradas da net)

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

AINDA O OUTONO


O amor muda como as folhas das árvores no Outono. E, se eu for capaz de entender isto, serei capaz de amar.
(Emily Brönte)


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O Outono é a estação que nos conduz calmamente do Verão até ao Inverno.
Ainda há folhas nas árvores que aos poucos se libertam esvoaçantes empurradas pelo vento. O chão cobre-se com um extenso manto de folhas douradas, castanhas e avermelhadas que vão bailando pelo chão.


Aparecem os dias cinzentos com frio e chuva. O vento faz-se sentir com maior intensidade e a lenha à porta de casa convida a permanecer sentada no cantinho da lareira, talvez tricotando uma camisola quentinha.




CANÇÃO DE OUTONO

Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.

De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.

Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando àqueles
que não se levantarão...

Tu és a folha de Outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.

Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão...
Cecília Meireles

terça-feira, 28 de outubro de 2008

MEMÓRIAS DE OUTONO


Castanha quente só com aguardente, comida com água fria causa «azedia».
(Ditado Popular)



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Ontem, quando andava a procurar nas minhas imagens fotografias com castanhas, encontrei as que hoje aqui vou divulgar.
Têm 37 anos, foram tiradas no Sobral Magro, no ano em que lá estive a leccionar e dizem respeito a um magusto que alguns jovens fizeram.



- As castanhas assadas -

Eu não gosto de castanhas, mas gosto da paródia e lá estava também.
Em pé estão a Hortense, a Matilde, a Natividade, a Adelina, Maria de Lourdes, Maria do Nascimento e Maria de Lurdes. Sentados estão o José Carlos e o Vasco.


- Junto das castanhas já assadas -

Nesta outra estão os mesmos elementos só com uma alteração. Eu tirei a fotografia e o António distribuiu a jeropiga.



- Distribuindo a jeropiga -

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

FESTA DA CASTANHA

Sete castanhas são um palmo de pão.
(Ditado Popular)


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Escrevi há dias sobre a Festa da Castanha que anualmente se realiza na freguesia de Aldeia das Dez.
Não tive oportunidade de estar presente, pois estive a exercer as minhas funções de avó, o que também me deu muito prazer.





Consultando o blogue do Rouxinol de Pomares, cheguei à conclusão que este evento foi mais um sucesso.
É, sem dúvida, um bom exemplo de como se pode dinamizar e divulgar a nossa região, tão esquecida na sua interioridade. Usando a castanha como mote, exploraram-se várias valências em especial as de cariz cultural.
A Junta de Freguesia de Aldeia das Dez e todos os intervenientes nesta festa, estão de Parabéns.



sábado, 25 de outubro de 2008

A AGUARDENTE

Tabaco e aguardente transformam os sãos em doentes.
(Ditado popular)



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Após a feitura do vinho, ainda há mais para aproveitar daquilo que restou das uvas. Por isso, depois de retirado o vinho para os pipos, o cardaço é levado para os alambiques para fazer a aguardente.
Há alguns anos atrás, este líquido servia muitas vezes de mata bicho dos homens e era utilizada com fins terapêuticos: servia de desinfectante substituindo o álcool, de digestivo após as refeições, para aliviar a dor de dentes e no tratamento de constipações, quando aliada ao limão e ao mel no chamado champorrião.

- O interior de um alambique -


O alambique é um pequeno edifício onde existem uma espécie de fogão a lenha feito em cimento ladeado por um tanque, ambos fixos. Existe também uma parte móvel formada por uma caldeira e uma serpentina feitas em cobre.
A caldeira com o cardaço coloca-se por cima da lenha a arder. Com o aquecimento, começam a libertar-se vapores que se espalham pela a serpentina. Esta está submersa no tanque cheio de água fria. Em contacto com ela, dá-se a condensação do vapor que passa para o estado líquido e vai sair por um tubo, caindo para dentro duma garrafa ou garrafão. É a aguardente vinícola, um produto alcoólico que resulta da destilação do bagaço de uva fermentado.
- A aguardente a pingar na garrafa sob o olhar vigilante da mulher -
Durante este processo tem que haver alguma atenção por parte das pessoas que estão a fazer a aguardente. A água do tanque por onde passa a serpentina tem que ser renovada frequentemente, pois vai aquecendo provocando a paragem na condensação; a chama da fogueira também tem que ser controlada pois se for muito forte a aguardente sai com um gosto desagradável a queimado; o teor alcoólico também tem que ser vigiado pois a certa altura o líquido que sai já tem fraco. É aquilo a que no Sobral Magro se chama de mijoca.
O meu pai já não faz a aguardente num alambique tradicional. Fá-la por um processo semelhante , mas ainda não me inteirei da forma como tudo se desenvolve.
Penso que a diferença consiste na utilização dum fogão a gás em vez da tradicional fogueira e de um reservatório móvel para a água.

- Um alambique semelhante ao do meu pai -

(Imagem retirada da net)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

PARABÉNS ROUXINOL DE POMARES

O trabalho bem executado, traz-nos a alegria do dever cumprido.
(Autor desconhecido)


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O Rouxinol de Pomares faz hoje um aninho.
Um ano de postagens e de excelentes fotografias.
Para o António Manuel vão os meus Parabéns, desejando que continue a divulgar a nossa bonita região como tão bem sabe fazer.

Recados e Imagens - Feliz Aniversário - Orkut

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

VINDIMAS


Deus apenas fez a água, mas o homem fez o vinho.
(Victor Hugo)



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Na maioria dos locais, as vindimas já estão feitas e já não falta muito para se provar o vinho novo.
Nas nossas aldeias, tem havido uma grande evolução na maneira de se fazer o vinho.
A tradicional celha ou dorna onde os homens pisavam as uvas já estão ultrapassadas e, embora não se usem as técnicas mais modernas, já é usual utilizar-se um esmagador.

- O esmagador -

Não é o mesmo, dizem os poucos que ainda utilizam a técnica tradicional.
A príncipal razão é a ausência de tanino que surge devido às prensas esmagarem também as sementes das uvas e o pés dos cachos.
No entanto, o vinho que se produz nas nossas aldeias é feito utilizando, na sua maioria, o esmagador.
Eu ainda sou do tempo em que os homens se juntavam e se ajudavam mutuamente a pisarem as uvas.


- Pisando as uvas de forma tradicional -
(Foto de José Castanheira-Porto Silvado)

Depois o mosto que se formava e o cardaço ficavam nas dornas até se completar o processo químico que dava origem ao vinho. Durante esse processo bebia-se o vinho doce.
Logo que o vinho estava pronto era colocado nos pipos, onde ia esperar até estar nas melhores condições para se beber.
- Preparação dos pipos -
Este era um processo demorado que se iniciava com a lavagem e preparação das vasilhas. Seguiam-se então as vindimas, onde homens e mulheres acartavam cestas de cachos das suas fazendas para as lojas de suas casas.


- Senhora e criança cortando as uvas -
( Foto de Fernanda Bento-Sobral Magro)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

OUTONO

Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
(Antoine Lavoisier)


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A tradição já não é o que era, no que respeita às estações do ano, pois no que respeita às alterações climáticas, já não se registam diferenças tão acentuadas entre a estação mais quente e a mais fria; as estações intermédias quase não existem com acontecia outrora.
No entanto, hoje aqui na zona de Fernão Ferro, esteve um verdadeiro dia de Outono e já apetecia estar no aconchego do lar, a ouvir o vento soprar lá fora.

- Óleo sobre tela: Outono -

terça-feira, 21 de outubro de 2008

FESTA DA CASTANHA


O prazer dos grandes homens consiste em fazer outros felizes.
(Pascal)


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O Outono começou já há tempo e ainda não me foi possível escrever sobre esta estação do ano.
Vou comçar a fazê-lo hoje.
Actualmente o clima, já não apresenta as características que distinguia as diferentes estações. No entanto, as actividades desta época vão-se desenvolvendo da mesma maneira. As vindimas já estão feitas e, estamos em plena época das castanhas.
E a propósito de castanhas, aproxima-se um evento a que já nos habituámos: a festa da castanha. Este ano, realiza-se a 7ª edição nos próximos dias 25 e 26 de Outubro.
A fotografia seguinte refere-se à festa da castanha realizada no ano de 2006.




- Produtos regionais expostos pela povoação de Gramaça -

(Foto do site da Gramaça)



Do Programa deste ano fazem parte:

25de Outubro
21h no Adro da Igreja Matriz de Aldeia das Dez

- Grupo Concertinas da Amadora
- Companhia Teatro Viv 'arte
- Teatro de Rua
- espectáculo de Pirotecnia

26 de Outubro
10h no Santuário de Nossa Senhora das Preces (Vale de Maceira)

- Expositores de produtos tradicionais e artesanato
- Concurso de maior abóbora exposta
- Actuação de grupos etnográficos
- Magusto












segunda-feira, 20 de outubro de 2008

PELOS CAMINHOS DE PORTUGAL: FÁTIMA




Uma obra de arte é um ângulo visto através de um temperamento.
(Emile Zola)

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Tal como referi no post de ontem, o destino de fim de semana era Fátima.
Enquanto não começavam a decorrer as cerimónias a que íamos assistir, fomos visitar um dos museus de cera que existem em Fátima, inaugurado no ano passado: O Museu da Vida de Cristo.
Neste Museu, distribuído por dois pisos, pudémos observar 33 dos momentos mais importantes da vida do Messias, em figuras de tamanho natural e com um realismo surpreendente.
Algumas das fotos que tirei dão uma visão, do que se pode observar neste museu, mais aproximada do que tudo aquilo que eu possa escrever.



- Nascimento de Jesus -


- Apresentação de Jesus no templo -



- Fuga para o Egipto -




- Jesus em Nazaré -





- Jesus entre os doutores -




- Baptismo de Jesus -





- Jesus e a Samaritana -




- Jesus caminha sobre as ondas -




- Madalena, a pecadora arrependida -




- Jesus e a mulher adúltera -




- Última Ceia -



- Jesus perante Pilatos -



- Jesus é pregado na Cruz -



- Ressurreição de Jesus -

- Ascensão de Jesus -

domingo, 19 de outubro de 2008

PELOS CAMINHOS DE PORTUGAL 4: MOSTEIRO DE ALCOBAÇA



Conhecer não é demonstrar nem explicar, é aceder à visão.
(Antoine de Saint-Exupéry)

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Ainda andava a escrever sobre a minha recente viagem ao Egipto e já andava a programar o fim de semana, em que habitualmente vou a Fátima com um grupo de amigos, integrando a peregrinação dos profissionais de saúde.
Este ano fomos mais cedo e resolvemos fazer um pequeno desvio e ir até Alcobaça. Já lá não ia, desde a época em que para se ir para o Sobral Magro, tínhamos que por ali passar.


- O Castelo de Alcobaça, visto do Mosteiro -

Aproveitámos então, para visitar o Mosteiro de Alcobaça, onde apenas tinha ido numa visita de estudo quando ainda era criança.


- Fachada principal do Mosteiro -

O Mosteiro de Sta. Maria de Alcobaça é uma das mais importantes abadias da Ordem de Cister. Faz parte do Património da Humanidade e, em 7 de Julho de 2007, foi eleito uma das sete maravilhas de Portugal.


- Nave central da igreja -

A abadia começou a ser construída, em 1178.
Em 1308, D. Dinis mandou construir o Claustro do Silêncio e mais um piso. D. Manuel mandou também construir a Sacristia Manuelina.


- Entrada da Sacristia -


É no interior deste Mosteiro, que reposam os restos mortais daqueles que foram os portagonistas de uma das mais belas histórias de amor da história de Portugal: D. Pedro e D. Inês de Castro.




- Túmulo de D. Pedro -


Os seus túmulos são verdadeiras obras-primas de escultura tumular, ricamente trabalhados com cenas da vida de Cristo e do Juízo Final.




- Túmulo de D. Inês de Castro -

O Mosteiro possui muitos locais com bastante interesse. Eis alguns deles:
A Cozinha é uma ampla divisão revestida de azulejos. Possui uma chaminé central de grandes dimensões e um tanque que recebe a água de um braço do rio Alcoa.



- A Cozinha -

- O tanque com água do rio Alcoa -


Junto à cozinha fica situado o Refeitório, com um púlpito onde eram feitas leituras dos textos sagrados enquanto decorriam as refeições.

- O Refeitório -


Em frente do refeitório existe o Lavabo, com o seu tanque que recebe também água do Alcoa, onde se procediam às lavagens rituais.




- O Lavabo -



Do outro lado da cozinha existe a Sala dos Monges.



- A Sala dos Monges -


A Sala do Capítulo, é uma das dependências mais importantes da Abadia.
Neste local o monge principal lia um capítulo do livro da Regra de S. Bernardo, onde estavam escritas as regras de comportamento dos monges dentro do mosteiro.



- A sala do Capítulo -




Este é um dos muitos e belos monumentos que temos em Portugal e cuja visita recomendo.
Eis mais algumas fotos que achei interessantes.





- A Sala dos Reis -




- O Relógio de Sol -




- OAltar da Morte de S. Bernardo -


- Claustro dos Noviços do Cardeal -





- O Claustro de D. Dinis -