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quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Mar

Estando em  época de férias  afastada de casa, vou servir-me de alguns amigos blogueiros.
Hoje procurei o contributo no blog LIDACOELHO, do amigo Luís Coelho, que faz uns poemas de que gosto bastante.  Podem-no  encontrar em http://luisrcoelhohotmailcom.blogspot.com/
E, como Verão é tempo de mar, destaco um poema de sua autoria, que ilustro com uma das minhas telas pintadas a óleo.




O mar
Ouvi os segredos do mar
Chorados gemidos de dor
Baladas, sorrisos de amor
Que na areia se vinham deitar
E muito devagarinho
As rochas vinham lavar.
O mar chamava por mim
Num canto de embalar
Nem sei se o canto era canto
Se era o mar a chorar
Ou se era eu que de espanto
Já via um mar sem ter fim
O mar balança na ondas
Fazendo um longo queixume
As águas formam correntes
E os peixes fazem cardume
E todos passamos a vida
Tão tristes como contentes
Luís Coelho


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

G. D. C. Soito da Ruiva

Mais uma vez o Soito da Ruiva está em destaque  n' O Açor. Faço-o, pois o seu grupo de Danças e Cantares vai lançar o seu 2º CD, no próximo Sábado e, com grande pena minha,  não vou poder estar presente, pois encontro-me no Sobral Magro.



Eles sabem a enorme admiração que tenho por todos eles mas, nunca é demais, enaltecer o valor desta gente, pelo espírito de comunidade com que vivem aqui , na região da grande Lisboa durante ano inteiro. São pessoas que vivem dispersos, com profissões e horários diversos e desencontrados mas, têm conseguido sempre vencer as barreiras e distâncias, para manterem o grupo sempre coeso e disponível.


E já lá vão dez anos que iniciaram uma brincadeira que se transformou num sonho. Acredito que tenham enfrentado algumas vicissitudes pois começaram por pura carolice, fruto da admiração que sentiam pelas suas raízes. No entanto, talvez os obstáculos os tenham motivado para continuarem a sonhar, até que o sonho se tornou numa realidade muito séria. Aos poucos impuseram-se pela forma simples com que se apresentavam e foram acordando nas pessoas oriundas das aldeias vizinhas, o gosto pelas realidades vividas pelos nossos antepassados, de tal forma que tomaram conta de todas elas, actuando pelas festas das várias aldeias da região e representando a sua freguesia e o seu concelho de forma condigna.
Todo este trabalho não ficou apenas pelas actuações que fizeram de forma gratuita. Há poucos anos gravaram o seu primeiro CD e o segundo está pronto a "invadir"  as festas das nossas aldeias já neste Verão.
Por tudo isto, o meu grande aplauso e um beijinho para cada um esperando encontrá-los na festa em Sobral Magro, onde mais uma vez irão estar presentes para animar o piquenique.
PARABÉNS AMIGOS!


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

terça-feira, 13 de julho de 2010

São Pedro no Sobral Magro

Embora com algum atraso, não podia deixar de divulgar uma das tradições que os sobralmagrenses teimam em não perder. Os festejos dos Santos Populares. Desta vez, foi o São Pedro o contemplado com as fotografias que a Ana Teresa me fez chegar.
Como de costume, um pequeno grupo foi para o mato em busca de rosmaninho e macelão, as espécies vegetais utilizadas nas fogueiras, na minha aldeia.


- A Ana Teresa arruma as plantas no atrelado do tractor -


- A Ana Isabel Acende a fogueira -


- O Manuel deu o exemplo -


- A Anabela e a Telma  e todos os outros ali presentes, seguiram-no -

O ambiente vivido nesta noite foi de grande alegria e animação lembrando uma das tradições mais ancestrais da nossa aldeia.
Entretanto, no dia seguinte, organizaram uma sardinhada, encerrando assim as festas dos santos populares. As fotos seguintes, ilustram este evento.

                            

- Os cozinheiros trabalhavam -


- Alguns comiam-



- Outros bebiam -



Fotos: Ana Teresa


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Exposição de Arnaldo Filipe

É com muita vaidade que  divulgo hoje uma exposição de arte sacra em madeira, patente na Biblioteca Alberto Martins de Carvalho em Coja.
O artesão chama-se Arnaldo Filipe e, como a maior parte dos leitores do blog sabem, é o meu pai. Não admira, pois que me sinta muito orgulhosa.
Eis a informação que figura  no site da Câmara Municipal de Arganil:

Encontra-se patente ao público na Biblioteca Alberto Martins de Carvalho, em Coja, uma Exposição de Arte Sacra esculpida em madeira, da autoria do artesão Arnaldo Filipe, do Sobral Magro.

Esta Exposição contou com o apoio voluntário da Arqueóloga Dr.ª. Sónia Simões que fez todo o trabalho de restauro das peças exposta, tendo colaborado igualmente na montagem e no texto biográfico abaixo transcrito.

BIOGRAFIA
Arnaldo Filipe nasceu 4 de Outubro de 1928 no Sobral Gordo. Aos 16 anos foi viver para Lisboa e, aos 20, casou com Hortênsia Jesus Filipe, natural do Sobral Magro. Foi neste local que decidiu comprar casa, para onde se mudou definitivamente há cerca de vinte anos.
Em Lisboa trabalhava como monitor de pastelaria, começando a trabalhar com a madeira quando se aposentou. Fazia toda a qualidade de peças para bolos, em chocolate e outros materiais, tentando depois apurar o seu dom na madeira.
É um autodidacta e, como diz, tudo lhe vem da imaginação. Só trabalha quando está inspirado ou quando lhe aparece madeira a "jeito", quando alguém traz ou se corta alguma árvore. Além disso, como não faz as peças para vender, não dedica muito do seu tempo à escultura.
Utiliza para trabalhar um maço, um formão, uma goiva e o torno, preferindo a madeira da laranjeira por ser mais "macia", tendo ainda trabalhos feitos noutros materiais, como a oliveira, a figueira, o carvalho, o choupo, o castanho, a nogueira, e o pinheiro, enfim, o que lhe aparece, afirma.
A explicação que dá sobre a arte de talhar faz parecer que todo o método é fácil, "começa-se por desbastar o tronco até chegar ao ponto certo, depois inicia-se o nariz, e a peça vai saindo conforme a imaginação".
Dá vontade de experimentar! Mais um dos nossos artesãos populares tantas vezes esquecidos, fazendo-nos meditar nos dons que, como este, estão perdidos nas nossas serras e nos lugares mais recônditos.»

A exposição poderá ser visitada até ao dia 14 de Agosto, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 18h30 e aos sábados, das 9h00 às 13h00.

Também o site de Coja A Princesa do Alva  divulgou esta exposição com o video seguinte:





Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

domingo, 11 de julho de 2010

DOCE RÁPIDO



Nesta época do ano, sabem bem as coisas fresquinhas. Por essa razão, faço frequentemente um doce muito simples e rápido. Depois, para não ter sempre o mesmo sabor, junto ingredientes diferentes.
Desta vez fiz o mais simples, pois servi-me apenas com os ingredientes que tinha em casa.

1 pacote de Mousse de Chocolate instantânea
1 pacote de natas
Açúcar a gosto
Palitos de “La Reine” - q. b.
Café – q. b.
Raspas de chocolate – q. b.



Faz-se a mousse seguindo as instruções do pacote.
Molham-se os palitos no café previamente açucarado, colocam-se sobre a mousse e reserva-se no frigorífico.
Batem-se as natas com o açúcar até fazer chatilly e coloca-se sobre os palitos. Enfeita-se com raspas de chocolate e leva-se ao frigorífico durante algumas horas.



*Como alternativa, também se pode comer sob a forma de gelado colocando o doce no congelador.
Ao chantilly podem-se juntar fruta em calda picadinha (ananás, pêssegos ou morangos frescos, conforme o gosto).
À mousse de chocolate também podemos juntaramêndoas ou nozes picadas.


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Flores do meu Jardim


Esta é uma das minhas companhias de Verão. É uma trepadeira com umas florinhas de cor alaranjada e que dão ao meu jardim um colorido especial.
Não sei o seu nome, mas há dias, vi uma  igual num blogue que visitei. Já percorri os blogues dos amigos mas  não a encontrei. Espero que alguém me dê uma ajuda pois,  gostaria de conhecer algumas particularidades desta trepadeira.



Obrigada pela sua visita. Volte sempre.



quinta-feira, 8 de julho de 2010

G. D. C. Soito da Ruiva na FIA


Tal como aconteceu em 2009, o  Grupo de Danças e Cantares de Soito da Ruiva vai estar presente na Feira Internacional de Artesanato, a decorrer na FIL no Parque das Nações em Lisboa. A sua actuação está programada para o próximo sábado, dia 10 de Julho, pelas 21h, começando pela zona de animação do Pavilhão 1, seguindo  pela feira e  terminando no Pavilhão 3  na zona de animação (junto aos restaurantes).

- G. D. C. do Soito da Ruiva na F.I.A/2009 -
(Foto: Rouxinol de Pomares)

Uma vez mais este grupo, vai mostrar ao mundo o que de bom se faz na nossa região. Como apaixonada da freguesia de Pomares, deixo o meu aplauso para  esta boa gente pela divulgação que tão bem fazem das  nossas raízes e da nossa  cultura.

PARABÉNS!!

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.



quarta-feira, 7 de julho de 2010

Em Breve, as Férias...



Com a chegada do Verão, o tempo tem escasseado. O clima convida a permanecer mais ao ar livre, desfrutando os dias bonitos e soalheiros,  acompanhando a neta na piscina. Ela é doida por água e apesar de ter uma piscina pequena só para ela,  todo o cuidado é pouco.


Entretanto, o Fernando está a entrar de férias e iremos uns dias até à aldeia retemperar as forças para seguirmos depois para uma viagem pela Áustria e Suíça. De regresso estarei mais algum tempo na aldeia para assistir a algumas  festas de Verão das aldeias onde tenho os meus familiares.



Assim, vou continuar a ter umas ausências na net, que se devem prolongar por todo o Verão. No entanto, sempre que puder, farei alguns postes que ficarão agendados para a ausência não ser muito grande. Como em anos anteriores farei a divulgação das festas da minha região e mostrarei algumas imagens do que nelas se fôr passando.
O que irá falhar mais serão os comentários nos blogues amigos, embora vá estando sempre a par do  que neles se fôr passando.


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Matilde Rosa Araújo





Hoje o dia amanheceu com a notícia de mais uma figura da literatura portuguesa que partiu. Matilde Rosa Araújo, de 89 anos,  deixou-nos após uma prolongada doença.
Era uma das escritoras que desde cedo chegou ao conhecimento de todos os portugueses. Especializada em literatura infantil, muitos são os textos que povoam a nossa memória pois, muitos deles fizeram parte dos manuais escolares de Língua Portuguesa.
Muitos foram os prémios com que foi distinguida ao longo da sua vida dos quais destaco o Prémio de Literatura para Criança da Fundação Calouste Gulbenkian ex-aequo com Ricardo Alberty, em 1980; Prémio atribuído pela primeira vez, para o melhor livro estrangeiro (novela O Palhaço Verde), pela associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo, Brasil, em 1991; Prémio para o melhor livro para a Infância publicado no biénio 1994-1995, pelo livro de poemas Fadas Verdes, atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian, em 1996; Grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

Paz à sua alma.

Em sua homenagem deixo  uma das suas poesias, que se adapta perfeitamente ao ambiente que vivo no local onde resido.



BALADA DAS VINTE MENINAS FRIORENTAS



Vinte meninas, não mais,
Eu via ali no beiral:
Tinham cabecinha preta
E branquinho o avental.



Vinte meninas, não mais,
Eu via naquele muro:
Tinham cabecinha preta,
Vestidinho azul escuro.



As minhas vinte meninas,
Capinhas dizendo adeus,
Chegaram na Primavera
E acenaram lá dos céus.



As minhas vinte meninas
Dormiam quentes num ninho
Feito de amor e de terra,
Feito de lama e carinho.



As minhas vinte meninas
Para o almoço e o jantar
Tinham coisas pequeninas,
Que apanhavam pelo ar.



Já passou a Primavera
Suas horas pequeninas:
E houve um milagre nos ninhos.
Pois foram mães, as meninas!



Eram ovos redondinhos
Que apetecia beijar:
Ovos que continham vidas
E asinhas para voar.



Já não são vinte meninas
Que a luz do Sol acalenta.
São muitas mais! muitas mais!
Não são vinte, são oitenta!



Depois oitenta meninas
Eu via ali no beiral:
Tinham cabecinha preta
E branquinho o avental.



Mas as oitenta meninas,
Capinhas dizendo adeus,
Em certo dia de Outono
Perderam-se pelos céus



Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

F I A Lisboa/2010


Desde o passado Sábado que se encontra a decorrer no Parque das Nações, a Feira Internacional de Artesanato. Esta é a maior feira do género da Península Ibérica, onde estará patente o que de melhor se faz no Artesanato Nacional e Internacional, Gastronomia e Actividades Culturais.
O curso de Bordados de Fernão Ferro  estará representado no stand da Editorial Nascimento, onde se farão demonstrações  de alguns pontos bordados, de croché e outas actividades manuais.
A FIA encerra no próximo dia 11, pelo que até lá, poderá passar uma tarde bem passada apreciando o artesanato, assistindo a demonstrações ou degustando alguns dos melhores pitéus gastronómicos.


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.




domingo, 4 de julho de 2010

Semi-Frio de Bolacha

O fim de semana esteve bastante quente e convidava a uma alimentação saudável e fresca. No entanto,  cá em casa somos muito gulosos e não dispensamos a sobremesa. Desta vez, procurei ajuda na net e a escolha recaiu num semi-frio de bolacha que copiei da Wikipédia de Receitas.




Eis a receita:

■300 gramas de bolacha maria
■150 gramas de açúcar em pó
■80 gramas de miolo de noz
■6 folhas de gelatina incolor
■300 ml de café solúvel preparado
■1 litro de natas
 
 
Demolhe as folhas de gelatina em água fria.
Num recipiente bata bem um litro de natas, adicione-lhes o açúcar aos poucos e continue a bater, até que fiquem firmes.
Escorra as folhas de gelatina, adicione duas colheres de sopa das natas e leve ao lume em banho maria, até a gelatina derreter. Junte ao preparado anterior e mexa delicadamente para não deslaçar.
Deite numa forma tipo bolo inglês forrada com papel vegetal o preparado das natas alternando com a bolacha maria humedecida em café e salpicada com a noz ralada.
A última camada deve ser de bolacha.
Leve ao frigorífico por 10 horas.
Quando estiver totalmente solidificado, desenforme e cubra com as restantes natas batidas (100 ml) bolacha ralada a gosto.
Mantenha no frigorífico até servir.


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Romaria de Nª Sª das Preces


No próximo fim de semana o Vale de Maceira vai estar em festa, pois realiza-se a Romaria de Nossa Senhora das Preces.


Longe vão os tempos do período áureo destes festejos que eram os mais relevantes da serra do Açor.
"Eu ainda sou do tempo" em que as aldeias da região se despovoavam, pois o dia mais  ansiado tinha chegado. Poucos eram os divertimentos da época e, a ida à Romagem era obrigatória. A par da festa anual de cada aldeia, eram estes os dias em que mais se divertiam e mostravam a sua fé.



Actualmente, os festejos já não têm o fulgor de antigamente. A devoção mantém-se mas, todo o envolvimento comercial que esta romaria movimentava,  diminuiu à medida que os romeiros diminuiram.
No entanto, este evento é sempre uma boa opção para um fim de semana agradável passado num local de grande beleza. 
A Igreja merece uma visita, as capelinhas representando a via sacra também e as frondosas árvores do parque  dão ao ambiente frescura,  ar puro e  sombra para  descansar.


Com o aproximar do fim de semana, é  esta a sugestão que eu faço.
Eis o Programa da Festa.


(Imagem: Voz do Goulinho)


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Genealogia


Com a chegada do Verão, resolvi interromper durante alguns dias, as postagens nos meus blogues.
A casa necessitava de mais acompanhamento da minha parte, o calor convidava a umas idas à piscina e  a colocação on line dos registos paroquiais, aguçou a minha curiosidade pela   minha genealogia. Assim, todo o tempo  que me sobrava era para a pesquisa.
Numa aldeia tão pequena como a minha, é natural que as famílias tenham ramos comuns, o que me levou à descoberta da genealogia de  quase toda a  povoação.


Devo confessar, que penso ter chegado ao ponto máximo da minha pesquisa, pois só a partir duma certa data se começaram a fazer os registos de nascimento, casamento e óbito dos habitantes do país.
No entanto, tenho vindo a desenvolver algumas teotrias sobre o início das aldeias, não só da freguesia de Pomares como da maior parte das aldeias da serra do Açor e julgo não estar muito longe da verdade.
Por isso, vou continuar a tentar chegar o mais longe possível. Para já,  estou a organizar os dados que até agora recolhi sobre o Sobral Magro e, todos os sobralmagrenses  interessados poderão aceder a estes dados entrando em contacto comigo.



Obrigada pela sua visita. Volte sempre.