Powered By Blogger

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Viagem de Miguel Torga

Miguel Torga é um dos meus poetas favoritos preferidos. Se a isso juntar o facto de ele ter passado alguns anos  em Arganil exercendo a sua actividade de  médico,  não admira pois, que a sua poesia esteja presente frequentemente no meu blog.

Viagem

É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...

Miguel Torga, in 'Diário XII'





Obrigada pela sua visita. Volte sempre.




quarta-feira, 30 de maio de 2012

Feira das Freguesias de Arganil - VII Mostra Gastronómica


Depois do video de ontem, aqui fica o cartaz da VII Feira das Freguesias de Arganil bem colmo o respectivo Programa.

 

 
Programa

Dia 08 de Junho de 2012 – Sexta-Feira

19H00 – Inauguração e Abertura da Feira das Freguesias – VII Mostra Gastronómica (com a participação especial de AFADixie)
21H00 – Associação Filarmónica Barrilense – Praça Simões Dias
21H30 - Sociedade Filarmónica Flor do Alva – Fonte de Amandos
22H00 - Associação Filarmónica Progresso Pátria Nova de Côja – Praça Simões Dias
22H30 - Rancho Folclórico Rosas de Coja – Fonte de Amandos
01H00 – Fecho

Dia 09 de Junho de 2012 - Sábado

10H00 – Abertura da Feira das Freguesias – VII Mostra Gastronómica
17H30 - Rancho Infantil e Juvenil “ Os Columbinos”- Fonte de Amandos
18H00 – Rancho Juvenil da Casa do Povo de Arganil - Praça Simões Dias
19H00 – Grupo de Bailado e grupo de Hip Hop Ginásio My Gym - Fonte de Amandos
21H00 - Associação Filarmónica Arganilense – Praça Simões Dias
22H00 - Grupo Folclórico da Região de Arganil - Fonte de Amandos
22H30 – Tuna de Cantares de Coja – Praça Simões Dias
23H00 – Tuna Popular de Arganil – Fonte de Amandos
01H00 – Fecho

Dia 10 - de Junho de 2012 - Domingo

10H00 – Abertura da Feira das Freguesias – VII Mostra Gastronómica
15H00 – Grupo de Danças e Cantares do Soito da Ruiva - Praça Simões Dias
15H30 - Rancho Folclórico Ribeira de Celavisa – Fonte de Amandos
16H00 – Grupo Etnográfico Raízes do Sobral Gordo – Praça Simões Dias
17H00 – Rancho Folclórico “Os Malmequeres da Cerdeira” - Fonte de Amandos
17H30 - Associação Filarmónica União Recreativa Musical Pomarense – Praça Simões Dias
21H00 – Tuna de São Martinho da Cortiça – Praça Simões Dias
21H30 – Rancho Folclórico Flores do Casal de São João – Fonte de Amandos
22H00 – Rancho Infantil e Juvenil de Coja – Coja-a-Animar – Praça Simões Dias
00H00 – Encerramento do Certame

Durante os três dias, a gastronomia da região estará representada nas tradicionais tasquinhas. De realçar que, uma vez mais, será o Soito da Ruiva a dinamizar a tasquinha da freguesia de Pomares

Se for até a Arganil num destes dias, decerto não se irá arrepender e irá passar momentos bem animados.
Não falte.

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

Feira das Freguesias - Arganil


Com a aproximação da época das festas regionais, têm-me chegado   cartazes para divulgação das  festas de várias aldeias da serra do Açor.
A exemplo de anos anteriores, vou fazê-lo à medida que  delas for tendo conhecimento. 
Como motivação para uma visita, nos dias de festa ou noutros,  resolvi fazer pequenos videos de algumas localidades. Começo com a sede do meu concelho - Arganil, que vai iniciar a próxima época de festas com a sua Feira das Freguesias. 
Espero que gostem.






Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Sobral Magro de Luto


Mais uma vez, a morte visitou o Sobral Magro. Desta vez foi a tia Lurdes.
Encontrava-se há tempos internada nos Hospitais da Universidade em Coimbra, onde faleceu no passado Sábado.
O seu funeral realiza-se hoje às 15 h para o cemitério de Sobral Magro.
À filha e restante família envio os meus sentidos pêsames.
À tia Lurdes, que a sua alma descanse em paz.




Obrigada pela sua visita. Volte sempre.


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Feira das Freguesias

Aproxima-se o Verão e com ele as festas regionais. No concelho de Arganil, a Feira das Freguesias costuma abrir esta época festiva e mais uma vez se vai realizar nos próximos dias  8, 9 e 10 de Junho.

O Grupo de Danças e Cantares de Soito da Ruiva, respondendo ao apelo de muitos dos nossos amigos, programou um passeio a Arganil (com saída de Almada), no  dia em que actuam os grupos da nossa freguesia,  (Domingo 10 de Junho),  com almoço reservado na tasquinha de Pomares.
 O G.D.C. de Soito da Ruiva solicita uma rápida inscrição em virtude de  já não haverem muito lugares disponiveis.
No Cartaz seguinte está o Programa, bem como as indicações para as marcações.

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Rectificação


O Funeral da Laurentina, sairá às 10h 30m da Igreja da Amadora para o cemitério de Camarate e não dos Olivais.

Sobral Magro Mais Pobre

Mais uma das naturais de Sobral Magro nos deixou e a aldeia ficou mais pobre.
A Laurentina faleceu , após grave doença.
Que a sua alma descanse em paz..


O seu corpo encontra-se em câmara ardente na Igreja da Amadora. O funeral realiza-se amanhã, dia 25, para o cemitério dos Olivais onde será cremada.
Ao marido e restantes familiares endereço as minhas sentidas condolências.


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Notícias de Pomares

Em Maio de 1961, saía no Notícias de Pomares a seguinte notícia sobre a Sociedade de Melhoramentos da Freguesia de Pomares e o Posto Médico.
Recordar o Passado é motivação para  planear o futuro.




Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Festa de Nª Sª das Necessidades


É já no próximo fim de semana que se realiza a festa de Nª Sª das Necessidades. Anualmente, nesta data, o Monte do Colcurinho enche-se de pessoas que vão em romaria, tomar parte na cerimónia religiosa que ali se realiza.
Esta festa já não tem om fulgor de outros tempos, quando a serra era muito mais povoada, mas ainda atrai ao local muitos naturais da região.
O ano passado foi assim:




Fotos: Alcídio Melo

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Lenda dos “Barris”


 Reza a história que, certo dia, o Rio Alva foi alvo de uma grande cheia, na época das chuvas fortes. Junto ao rio um moleiro ao ir à janela, reparou que as águas arrastavam muitos barris. Pegou numa vara e conseguiu tirá-los para a margem. Uma vez que o ano foi de grande produção de vinho, as pessoas mostraram-se interessadas em comprar os barris. Para ...tal, contrataram o moleiro, com quem fizeram negócio, e ele passou a ser conhecido pelo “Moleiro dos Barris”. Desde então, quando alguém se deslocava a esse local, dizia que ia “ao Barril de Alva”.
A tradição conta ainda que este moleiro tinha três filhas que, depois de casarem, ficaram a viver em três locais diferentes: uma no Casal Cimeiro, outra no Casal do Meio e a terceira no Casal Fundeiro.
Estas vieram a ser as povoações da Freguesia.


Photobucket


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

2º Encontro de Concertinas da Casa da Comarca de Arganil

A Casa da Comarca de Arganil vai organizar mais um evento no próximo dia 20 de Maio:  o 2º Encontro de Concertinas.
Se se encontrar na região de Lisboa, vá até à Casa da Comarca de Arganil, onde para além de poder assistir a um excelente espectáculo popular, terá ocasião de se deliciar com excelentes petiscos e com as bebidas frescas sempre presentes no bar.


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Dia da Espiga

Hoje, quinta feira da Ascensão, comemora-se no calendário litúrgico a subida de Jesus ao Céu, mais ou menos  quarenta dias após a Ressurreição.
Neste mesmo dia, celebra-se também o dia da Espiga. 
Sendo criada em Lisboa, as minhas recordações desta data resumem-se a ver   a minha mãe comprar  um colorido raminho que depois pendurava atrás da porta da cozinha . Eu não gostava nada de o ver  ali a murchar, com as flores a perderem a sua beleza. A minha vontade era colocá-lo numa jarrinha a enfeitar o meu quarto mas, a minha mãe nem sequer me deixava tocar-lhe pois ele tinha que durar até  ao dia da Espiga seguinte, para termos fartura durante todo o ano.


Na aldeia era diferente. Tradicionalmente, as raparigas iam para o campo apanhar as várias  espécies vegetais de que necessitavam para fazerem  o seu ramo de espiga. Eram várias as plantas, sempre em número ímpar tendo, cada uma, um significado próprio. São elas:
- As espigas de trigo ou outro cereal idêntico - representavam o pão;
- Os ramos de oliveira -  o azeite e a paz;
 - Os malmequeres brancos e amarelos - O ouro e a prata;
- As papoilas -  o amor e vida; 
- Ramos de  videira - o vinho e a alegria;
- Ramos de alecrim - a saúde e a força.
Só  no ano em que leccionei na minha aldeia,  fui pela primeira vez apanhar a espiga. Foi um dia engraçado em que nos divertimos bastante. Vivíamos  numa época em que na povoação não  havia  quaisquer distracções. Qualquer dia diferente era para nós uma festa e dávamos valor às mais pequeninas coisas.

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Óleo Sobre Tela

Há tempo que não pintava a óleo. O tempo de secagem das tintas faz com que, muitas vezes, me desmotive e não termine os trabalhos iniciados. Actualmente, tenho algumas telas em fase de acabamento. Este díptico   cujas imagens partilho com os meus amigos, está já pendurado na parede da sala da minha filhota.

Photobucket



Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

terça-feira, 15 de maio de 2012

O Tempo em mudança

O bom tempo parecia ter vindo para ficar mas hoje já anunciaram que vai mudar.Este ano é assim, o clima prega-nos partidas e muda de um dia para o outro. No entanto, quando me levanto vou ouvir o  som dos pardais a chilrear no meu jardim quer esteja frio ou calor e quando abrir a janela, vai ser esta a imagem que os meus olhos vão poder contemplar.  À minha frente, as rosas vão fazer jus à frase: "Maio, mês das flores".

Photobucket

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Não basta abrir a janela



Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.

Fernando Pessoa


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Há Festa na Aldeia I

Dei um salto na cama. O  som duma descarga de 21 morteiros  ecoava no ar  e acordou-me em sobressalto.  Era a alvorada  que anunciava a festa.
Corri para a cozinha, engoli a malga de café quentinho, comi um coscorel feito na véspera e voltei para o quarto, onde o vestido novo me aguardava  pendurado nas grades  da cama de ferro. Naquele dia  deixei  que a  mãe me penteasse e me  fizesse  aqueles lindos canudos, sem refilar. Penso até  que nem senti os arrepelões que me deixavam impaciente, nos  momentos em que  me penteavam.
Enquanto isso, ouvi a banda que chegara ao largo da Barroca. Da varanda, vi os músicos a serem  distribuídos pelos  mordomos e pelos outros homens da povoação,  seguindo depois para suas casas, onde iriam saborear a primeira refeição do dia.

Já pronta, segui para a Capela onde se dava início  à parte religiosa da festa fazendo  a Recolha dos Andores, que se encontravam com o respectivo "santo", em casa das mordomas onde tinham sido primorosamente enfeitados.
As  janelas e varandas estavam enfeitadas com bonitas colchas e na Sacristia  da Capela, as capas e faixas da Cruzada eram distribuídas pela criançada. O adro estava repleto de pessoas. Muitas delas eram de aldeias  vizinhas que  vinham retribuir a presença dos naturais da minha aldeia nas suas festas.
Com as outras crianças assisti à   longa Missa Cantada, celebrada por  três padres, em latim. Sem perceber absolutamente nada colaborámos  conforme pudémos,  mas sempre certinhas para não deixar ficar mal vistas  a Ida e a Belmira, as nossas catequistas.
Depois veio a Procissão. Eu adorava aquela parte da festa religiosa. Lembrava-me  de ver as raparigas, que se juntavam à porta de casa da minha avó, a cortarem em quadradinhos muito pequeninos  as cartas dos familiares, para deitarem das janelas de casa sobre os andores e sobre as pessoas que passavam. E eu, gaiata viva e irrequieta, lá ia muito feliz  com a  capa da Cruzada que orgulhosamente envergava. Quando os papelinhos esvoaçavam sobre a minha cabeça, tentava-os  apanhar , pensando talvez,  conseguir descobrir as mensagens escritas nas cartas que lhes deram origem.
Algumas senhoras transportavam fogaças à  cabeça. Os  tabuleiros iam repletos de iguarias e deles exalava um cheirinho a coelho, frango ou cabrito assados,  que durante a longa Procissão me  abriam o apetite  para a grande refeição do dia.
No final, as fogaças foram leiloadas. Algumas foram rematadas por forasteiros para lhes servir de refeição e os preparar  para a parte pagã da festa.




Obrigada pela sua vista.
Volte sempre.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Blog de Croché

Há algum tempo que não faço nenhum post sobre os meus trabalhos de artesanato pois tenho estado mais dedicada à pintura a óleo. Tenho várias telas em andamento,  mas o tempo de secagem do óleo não permitiu ainda que as concluísse.
Entretanto tenho continuado a visitar blogs de amigas em busca de inspiração para próximos trabalhos. Desta vez  vou divulgar um dos locais onde muitas vezes recorro para fazer algum picô ou rendinha. Visite http://pontopreso1.blogspot.pt/ , um blog cheio de boas e originais ideias de onde copiei  os  trabalhos que se seguem.





  
Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Queijo Fresco

A serra sempre foi pasto de grandes rebanhos e o queijo que se fazia com o leite de cabras e ovelhas nela criados eram de muito boa qualidade e muito apreciados em qualquer parte do país.
Hoje nas encostas da serra já não se vêem os rebanhos nem se ouve o tilintar das campaínhas e chocalhos mas, na minha boca, ainda parece que sinto  o sabor do queijinho fresco da avó.


Encontrei no Facebook duma amiga, uma receita de queijo. Ainda não fiz esta receita  mas, logo que encontre o coalho líquido, vou experimentar, apesar de saber em que não é a mesma coisa.
INGREDIENTES:
1 litro de leite do dia ...(UHT) gordo,
20 gotas de coalho líquido (ou equivalente),
1 colher (chá) de sal.

PREPARAÇÃO:
Aquecer o leite, numa caçarola, a 35-40ºC (não mais). Acrescentar o sal, mexer, e as gotas de coalho, mexer e deixa repousar 45min.-1h (fora da placa eléctrica, se for o caso).
Após 1h, cortar com uma faca o leite coalhado e verter para um passador grande e bem limpo. Sem fazer pressão, deixar separar o soro. Deixar repousar 15min. ondulando o passador, de vez em quando, para eliminar "bolsas" de soro.
Colocar o leite coalhado em aros ou nas caixas de queijos frescos ou de requeijão de compra, que se guardaram.
Colocar numa caixa plástica ou tabuleiro e levar ao frigorífico 6h.
Rende 2 queijos de caixa grande.


NOTAS, MAS NÃO MENOS IMPORTANTES:
- Só funciona mesmo com leite do dia, gordo ou meio-gordo, sem ser do dia não dá. Actualmente só o leite Gresso de saco resulta;
- Só funciona com o leite tépido, se estiver quente não dá. Pode usar um termómetro de cozinha com o qual também pode medir a temperatura dos pontos de açúcar;
- O coalho, compra-se na farmácia e pode ser em pó ou líquido. A quantidade requerida para 1l de leite vem mencionada na embalagem e varia com a marca;
- As caixinhas onde se coloca o queijo coalhado devem ter 3-4 furos ou mais para possibilitar o escoamento do soro, podem ser usados os cestos (verdes) dos requeijões de compra;
- Levam-se os queijos ao frigorífico em caixa plástica ou tabuleiro tapado, de preferência em cima de rede plástica, com tampa ou película aderente, para que os queijos não absorvam os cheiros e gostos do frigorífico e possam escorrer;
- Querendo acrescentar algum tempero, pode-se picar coentros frescos/alho esmagado (picado não fica bem, pois depois encontram-se os bocadinhos) e adicionar uma colher (sopa) de ervas ao leite, antes do coalho;
- Querendo o queijo fresco mais semelhante a requeijão, durante o coalho do leite, ou no fim, mexe-se para quebrar os grandes coágulos;
- Querendo queijo creme, no fim do leite coalhado e seco, mistura-se metade do peso do queijo em manteiga apenas levemente amolecida e 2-3 colheres (sopa) de leite bem quente. Bate-se bem. Se for preciso (isto depende da quantidade de soro que o queijo ainda tinha) acrescentam-se mais colheres de leite quente até obter um creme suave. Leva-se ao frigorífico.

Obrigada pela sua visita.
Volte sempre.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Flores para Festa

O Verão está próximo e com ele vêem as festas regionais. Este ano, na minha aldeia foi lançado o desafio de se fazerem e enfeitarem arcos como antigamente. Prometi aos meus conterrâneos um PAP com a explicação de como outrora se faziam as flores  que enfeitavam a aldeia.
Aqui vai ele para quem não souber fazer. É muito simples. A única diferença é o material utilizado. Antigamente as flores  eram feitas de papel e estas são de plástico. Muitas vezes chovia e era frustrante vermos o trabalho de tantas tardes desfazer-se com a chuva. Assim, para além destas terem maior resistência é também uma forma de reutilizar plástico.
O exemplo que se segue foi feito aproveitando um saco de compras.

Photobucket

 Cortam-se tiras de plástico com o dobro da largura que pretendemos para a flor.

Photobucket

Coloca-se um fio na parte central da tira, a todo o seu comprimento e dobra-se a tira de plástico ao meio. ( Na aldeia usavam fio do Norte por ser bastante resistente).

Photobucket

Dobra-se de novo ao meio, no sentido do comprimento, tendo o cuidado de segurar o fio dentro da tira de plástico  dobrada, para ele não sair do local.

Photobucket

Continuando a segurar o fio ( no meio) vão-se empurrando para o centro,as extremidades do plástico.

Photobucket
Vai ficar com este aspecto. Aperta-se bem o fio.  
Photobucket
Dão-se dois nós com as extremidades do fio.
Photobucket
Finalmente, ajeitam-se as tiras dando-lhes a forma duma flor.

Photobucket
E é este o resultado.

Espero que tenham entendido a explicação e que possam fazer muitas destas e doutras flores para que a nossa aldeia tenha um aspecto mais alegre e colorido  nos dias de festa.

Obrigada pela sua visita. Volte sempre.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Lenda do rio Alva

Das muitas lendas que povoam o nosso país, algumas dizem respeito à região onde se situa a  minha aldeia.
Na lenda seguinte , entram três rios: o Mondego, o Alva e o Zêzere, todos nascidos na Serra da Estrela que se  envolveram, numa grande discussão sobre qual seria o mais valente. Resolveram fazer   uma corrida que esclareceria a questão: quem chegasse primeiro ao mar seria o vencedor.
O Mondego levantou-se cedo e... começou a deslizar silenciosamente para não atrair as atenções. Passou pela Guarda e pelas regiões de Celorico, Gouveia, Manteigas, Canas de Senhorim e pela Raiva, onde se fortaleceu junto dos ribeiros seus primos, chegando por fim a Coimbra.
O Zêzere, que estava atento, saiu ao mesmo tempo que o seu irmão. Oculto, por entre os penhascos, foi direito a Manteigas, passou a Guarda e o Fundão, mas logo depois se desnorteou e, cansado, veio a perder-se nas águas do Tejo.
O Alva passou a noite a contar as estrelas, perdido em divagações de sonhador e poeta. Quando acordou, era já muito tarde mas ainda a tempo de avistar os seus irmãos ao longe.
Tempestuoso, rompeu montes e rochedos, atravessou penhascos e vales, mas quando pensava que tinha vencido deparou com o Mondego, no momento que este já adiantado chegava ao mar. O Alva ainda tentou expulsar o seu irmão do leito, debatendo-se com fúria e espumando de raiva, mas o Mondego engoliu-o com o seu ar altivo e irónico.
Este lugar onde os dois rios lutaram ficou para sempre conhecido como Raiva, em memória da contenda entre os dois irmãos.


Av


Obrigada pela sua visita. Volte sempre.