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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Eugénio de Andrade e a Sua Poesia


Velho, velho, velho
chegou o Inverno.
Vem de sobretudo,
vem de cachecol,
o chão por onde passa
parece um lençol.
Esqueceu as luvas
perto do fogão,
quando as procurou,
roubara-as o cão.
Com medo do frio,
encostou-se a nós:
dai-lhe café quente,
senão perde a voz.
Velho, velho, velho
chegou o Inverno.

Eugénio de Andrade






Obrigada pela sua presença. Volte sempre.







segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Imagens Que Falm Por Si

Mosteiro da Batalha




Obrigada pela sua presença. Volte sempre.







sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Porque É Fim de Semana: Estevianas, Vale do Laço, Milreu, Candeia , Conhal e Seixo

Porque é fim de semana, continuamos à descoberta  das aldeias do concelho  de  Góis que  pertencem  à  freguesia  de Alvares.
Hoje vamos visitar mais um grupo de aldeias.


Estevianas


Estevianas é uma aldeia antiga que vale a pena visitar pois é um lugar rodeado pela natureza.
Hoje em dia, a povoação tem poucos habitantes todos eles de idade avançada. Só no Verão, quando se juntam os naturais da terra, a aldeia fervilha de alegria.


A padroeira da aldeia é Nossa Senhora da Boa Viagem.
A sua Capela foi inaugurada em 1954 e reconstruída em 1984.

Milreu


A aldeia de Milreu fica localizada numa das margens da Ribeira da Mega. 
A sua Capela foi inaugurada em 1951 e é dedicada a Nossa Senhora de Fátima.
A imagem da padroeira foi comprada em Lisboa e, no dia da sua chegada à povoação,  toda a população a foi esperar ao alto de Mega, seguindo depois  em  procissão,  até à capela.

A exemplo de muitas outras povoações  do interior-centro do país, a aldeia tem uma Comissão de Melhoramentos. Para além de Milreu, abrange também os lugares limítrofes como são os casos de:
Candeia
 Conhal
Seixo





Obrigada pela sua presença. Volte sempre.


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Padrão dos Descobrimentos

O Padrão dos Descobrimentos  situa-se em Belém,  à beira  do rio Tejoe tem 52 m de altura.

Inicialmente, foi construído em 1940, para a Exposição do Mundo Português e pretendia homenagear as figuras de destaque dos Descobrimentos portugueses.
Em 1958 foi desmontado e reconstruído sendo inaugurado em 1960 por altura das comemorações dos quinhentos anos da morte do Infante D. Henrique.


O monumento tem a forma de uma caravela, onde se enfatizam vários navegadores  e outros ilustres portugueses distribuídos de ambos os lados das velas, tendo na frente o Infante D. Henrique, o grande impulsionador dos descobrimentos. São ao todo 33 esculturas representando: o Infante D. Henrique, o Infante Pedro, D.ª Filipa de Lencastre, Fernão Mendes Pinto, Frei Gonçalo de Carvalho, Frei Henrique Carvalho, Luís de Camões, Nuno Gonçalves, Gomes Eanes de Zurata, Pêro da Covilhã, Jácome de Maiorca, Pedro Escobar, Pedro Nunes, Pêro de Alenquer, Gil Eanes, João Gonçalves Zarco, o Infante Santo D. Fernando, D. Afonso V, Vasco da Gama, Afonso Gonçalves Baldaia, Pedro Álvares de Cabral, Fernão de Magalhães, Nicolau Coelho, Gaspar Corte Real, Martim Afonso de Sousa, João de Barros, Estêvão da Gama, Bartolomeu Dias, Diogo Cão, António Abreu, Afonso de Albuquerque, São Francisco Xavier e Cristovão da Gama.
 
No interior existe um auditório com 101 lugares e duas salas de exposições, para além  do Centro Cultural das Descobertas e do miradouro situado no topo do monumento, donde se pode apreciar a excelente vista de parte de Lisboa e da margem Sul.





    Obrigada pela sua presença. Volte sempre.







    quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

    Basílica da Estrela

    Situada na Praça da Estrela em Lisboa, a Basílica da Estrela (ou Real Basílica e Convento do Santíssimo Coração de Jesus) é a igreja dum  antigo convento das Carmelitas.
    Foi mandada construir por D. Maria I, cumprindo uma promessa feita no caso de conseguir ter um filho. 

    As obras  iniciaram-se em 1779 e foi consagrada em  1789, sendo dedicada ao Sagrado Coração de Jesus.
    A igreja é ladeada por duas torres decoradas com várias esculturas. 
    O interior é  maioritariamente decorado com mármore. 




    A cúpula, inspirada no convento de Mafra ilumina a igreja. 
    Do lado direito,  situa-se o túmulo onde jaz  D. Maria I.
    Numa das salas do templo encontra-se guardado  um importante presépio da autoria de Machado Castro.
    A Basílica da Estrela tem dois órgãos - o grande órgão ( 1789) e o órgão de coro (1791).
    Actualmente, é possível subir ao terraço da Basílica para desfrutar da maravilhosa vista panorâmica da cidade e arredores.






    Obrigada pela sua presença. Volte sempre.



    terça-feira, 24 de janeiro de 2017

    Museu da Farmácia

    O passado Sábado foi dedicado à visita cultural, que todos os meses faço com um grupo de amigos. 
    Desta vez, a escolha foi para o Museu da Farmácia, a funcionar num bonito palácio oitocentista, situado no alto de Santa Catarina,  no local onde outrora existiu a primitiva Igreja de Santa Catarina.
    Inaugurado em 1996, o Museu da Farmácia  é um espaço onde se pode apreciar uma magnífica colecção de peças, que  nos permitem fazer uma viagem pela história da saúde, desde o homem das cavernas até aos nossos dias.
    A ideia do museu começou a ser posta em prática, após a doação da colecção particular do dr. Salgueiro Basso  à Associação Nacional das Farmácias. Esta ideia  foi seguida por outros associados que cederam uma grande parte do acervo, actualmente  patente ao público.
    A visita começou no rés-do-chão onde pudémos observar uma reconstituição  da farmácia portuguesa, desde as que funcionavam nos conventos até ao século XX.


    Primeiro uma farmácia conventual que  pertenceu ao Mosteiro de Paço de Sousa (Penafiel) onde os medicamentos eram conservados em vasos de faiança abertos, sujeitos a receber toda a espécie de micróbios que pairavam no ar. À frente do balcão, semelhante a um altar, existia um crocodilo embalsamado, do qual eram feitos alguns medicamentos que se julgavam ter propriedades curativas.


    Na farmácia seguinte,   os medicamentos ainda eram conservados em vasos de faiança ou frascos de vidro mas já com tampa, o que os tornava mais higiénicos.


    Do século XX, pudémos apreciar  a Farmácia Liberal, que em tempos funcionou na Avenida da Liberdade, em Lisboa, onde, para além de  medicamentos,  se vendiam produtos de higiene, papas para bebés...
    Neste conjunto de reconstituições, destaca-se a  farmácia tradicional chinesa, do  final do século XIX, a Tai Neng Tong,  que  funcionou até 1998, na Rua 5 de Outubro, em Macau. Tem as paredes forradas a madeira ornamentada com  madeira exótica trabalhada  em talha dourada.
    Neste piso, pedémos ainda observar reconstituições de laboratórios de pequenas farmácias, várias  máquinas e aparelhos para fabrico de medicamentos,  uma área dedicada à Farmácia Militar, outra aos  cartazes publicitários dos séculos XIX e XX, utilizados em Portugal.


    Subimos ao primeiro andar e aí tomámos conhecimento da história da farmácia a nível mundial. 
    Recuámos até às origens da Humanidade, onde o Homem procurava curar as suas maleitas recorrendo aos feiticeiros, que usavam  plantas  para sarar feridas e  outros problemas de saúde. 


    Para exemplificar, pudémos observar um dos primeiros almofarizes que foram utilizados para esmagar as plantas, que depois espalhavam sobre as feridas.

    Passámos depois  ao  Egipto onde  observámos o mais antigo  sarcófago existente em Portugal, bem como vários objectos que usavam para fazer os seus medicamentos e produtos de beleza.
    Seguiram-se as civilizações do Médio Oriente, Grécia e  Império Romano.
     

    A medicina das civilizações  maias, incas e aztecas estão também presentes no museu com  com vasos, estátuas e outros objectos usados para tratamentos e fabrico de medicamentos . 
    Igualmente presentes, as medicinas orientais  e islâmicas bem mais avançadas que as europeias.

    Chegados ao século XVII e ao aparecimento dos microscópios, dá-se uma revolução no conhecimento médico-farmacêutico que conduziu a várias descobertas importantes nos séculos seguintes. Vacinas e anestesias, entre outros, vão conseguir extinguir doenças, até então, incuráveis.
    Do século XX, encontra-se patente uma das mais importantes peças do museu: uma cultura de penicilina do próprio cientista inglês Alexander Fleming, testemunho da descoberta da penicilina, precursora da era dos antibióticos.
    De regresso ao piso térreo, terminámos a nossa visita   com a observação das farmácias espaciais usadas pelos americanos  no Space Shuttle “Endeavour”, na última viagem do século XX e pelos russos na Estação Orbital Mir.


    Com um espólio valioso, o Museu da Farmácia vai decerto ser dilatado. As descobertas dos produtos farmacêuticos não vão cessar, pois ainda há doenças incuráveis que aguardam o fármaco que as cure.




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    segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

    Esta Lisboa Que Eu Amo: A Brasileira do Chiado

    Situada no coração de Lisboa, no topo da rua Garrett, a  Brasileira  é um dos café mais emblemáticos e mais antigos  de Lisboa.
    Foi fundada  em 1905, por Adriano Telles, um bem sucedido produtor de café no Brasil  que, após  o seu regresso a Portugal,  ali passou a   comercializar  o verdadeiro café em grão do Brasil.  
    Em 1908 fez obras e adaptou o estabelecimento ao serviço  de cafetaria. Sendo uma novidade em Lisboa rapidamente se tornou no ponto de encontro da alta sociedade e da elite cultural lisboeta.


    Figuras como  Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Eduardo Viana, Bernardo Marques, Stuart Carvalhais ou Jorge Barradas deram ainda mais visibilidade a este prestigiado estabelecimento. 
    A fama da Brasileira  expandiu-se  ao estrangeiro e o Café tornou-se  num ponto de passagem obrigatória para muitos turistas que visitam a cidade.

    O edifício onde se localiza  destaca-se pela sua fachada em ferro forjado  e pelo medalhão com a imagem de marca do café.
    Na esplanada sobressai uma escultura de bronze, representando um dos mais conceituados clientes  do estabelecimento: Fernando Pessoa. 
    Muitos são os   turistas, que não passam sem tirar uma  fotografia junto da estátua dum dos mais ilustres poetas portugueses.
      No interior, o salão, é forrado com  de madeira, espelhos e  obras de reputados pintores portugueses e o tecto é de estuque pintado.





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    sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

    Porque É Fim de Semana: Boiça, Obrais, Mega Cimeira, Varzina e Pisão

    Porque É Fim de Semana, continuamos à descoberta  das aldeias do concelho  de  Góis que  pertencem  à  freguesia  de Alvares.
    Hoje vamos conhecer mais quatro localidades.
    Boiça
     
    Esta é uma pequena povoação situada perto do limite dos concelhos de Góis com o de Castanheira de Pera.

    Obrais
    Obrais é uma pequena povoação, outrora muito povoada mas que se encontra praticamente deserta de pessoas.
    Da antiga capela em honra de Nossa Senhora do Livramento, restam o campanário e um Missal que tem a data de 1795. Inicialmente seria particular, mandada construir no século XVII, por um padre que ali residiu e  foi sepultado. 
    (Foto de Monografia da Freguesia de Alvares)

    Em 1986, a Comissão de Melhoramentos mandou-a restaurar  passando desde então a servir toda a povoação.


    Mega Cimeira
    Mega Cimeira fica situada
     

    Inicialmente havia dois lugares, Mega de S. Domingos e Mega d’Aquém. Cada um tinha a sua capela. Mega de São Domingos  tinha como padroeiro S. Domingos e Mega d'Aquém Nossa Senhora das Preces.
    Com o passar dos tempos os dois lugares foram crescendo e juntaram-se. 
    A capela de S. Domingos foi extinta e o seu santo foi levado para a Capela de Mega d’Aquém. Os dois santos passariam a estar juntos e ambos seriam os padroeiros da aldeia, agora chamada Mega Cimeira.
    Esta capela tem gravada na soleira da porta principal uma inscrição com a data de 1724, que se pensa ser a  da sua  construção. 


    Seguindo a estrada que acompanha a ribeira da Mega, vamos passar por duas pequena povoações da freguesia de Alvares, que não conheço e das quais não encontrei qualquer indicação para partilhar. São elas:

    Varzina

    Esta povoação é mais uma das que foi bafejada pela natureza. De grande riqueza paisagística, aqui se pode desfrutar das águas límpidas e frescas da ribeira da Mega, que no açude do Poço das Cabras oferece condições únicas para um banho refrescante.
     

    Pisão
     

    Esta localidade fica situada junto à estrada que liga Mega Cimeira a Mega Fundeira e faz parte do grupo de aldeias banhadas pela ribeira da Mega. 


    Foto: João Reis Antão






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    quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

    Na Terra Negra da Vida-Miguel Torga


    Na terra negra da vida,
    Pousio do desespero,
    É que o Poeta semeia
    Poemas de confiança.
    O Poeta é uma criança
    Que devaneia.
    Mas todo o semeador
    Semeia contra o presente.
    Semeia como vidente
    A seara do futuro,
    Sem saber se o chão é duro
    E lhe recebe a semente.

     Miguel Torga






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