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quinta-feira, 27 de abril de 2017

Palácio do Rei do Lixo

Bem perto do local onde habito, existe um edifício que se destaca na paisagem e que sempre despertou em mim alguma curiosidade. 
O palácio do "Rei do Lixo", como sempre o conheci, é também conhecido por Palácio da Bruxa, Torre de Coina ou Torre do Inferno.

Fica situado em Coina, junto ao Barreiro e, os terrenos onde foi erguido, pertenceram a uma quinta rural que, no século XVIII,  pertencia a Joaquim de Pina Manique, irmão de Diogo Inácio de Pina Manique, intendente de D. Maria I.  
Entretanto, com a decadência política da família Pina Manique, o  palácio foi abandonado  e, em  finais do século XIX , adquirido por Manuel Martins Gomes Júnior,
conhecido como o "Rei do Lixo". Esta alcunha devia-se a, na época, este comerciante  ter o  exclusivo da  recolha do lixo na cidade de Lisboa,  com o qual conseguiu enriquecer. 
O novo proprietário mandou construir nestes terrenos, um palácio com uma alta torre, donde  pudesse avistar uma outra quinta, que possuía em Alcácer do Sal.

Após  a  morte do "Rei do Lixo", seu genro, António Zanolete Ramada Curto, transformou a propriedade numa importante casa agrícola e, em 1957, foi vendida a dois  industriais da área dos curtumes, Joaquim Baptista Mota e António Baptista, que formaram a Sociedade Agrícola da Quinta de S. Vicente, dedicada ao cultivo de árvores fruto.
Em 1972,  a propriedade foi adquirida  pelo construtor António Xavier de Lima que pretendia transformar o palácio numa pousada.
No entanto, em 1988,  um incêndio  destruiu todo o  seu interior,  fazendo com que o construtor abandonasse a ideia.
Neste momento, o edifício que gera opiniões controversas, foi votado ao abandono e, se não forem tomadas medidas urgentes, acabará por ruir.





Obrigada pela sua presença. Volte sempre.



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